sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Repost: "tudo novo, de novo" - 02/11/2013

Esses dias me vi pensando em como a minha vida mudou e em como eu venho lidando com essa mudança. Confesso que, mesmo depois de todo esse tempo e mesmo depois de falar pra Deus e o mundo que eu sabia o que eu estava fazendo, percebi que eu não sabia quase nada e que era tudo balela. 
Começaram a nascer dentes na Hellen e eu acabei me vendo em uma crise existencial do tipo: 
WHAT THE FUCK AM I DOING WITH MY LIFE? 


Assim bem grande, em caps lock, para vocês conseguirem visualizar o tamanho da crise. Vi que eu não estava sendo uma boa mãe, na verdade eu vi que quase não estava sendo mãe. Ok ok, não vamos exagerar, eu sou uma ótima mãe para ela, do meu modo, do jeito que eu consigo ser, mas eu me irritava e eu não lembrava que era o que eu queria. Foi o que aconteceu então aceite isso sua cabeça de meia tigela (sem xingamentos para que um dia talvez ela leia isso tudo aqui).

Li no Vila Mamífera um post que mesmo sendo simples, é super explicativo e a ideia não poderia ser mais óbvia, mas eu relutei em segui-la e tentei de algum modo, mesmo que por alguns dias, ser adolescente de novo. 
Mil desculpas, desde já, se eu fiz algo que não deveria ter feito ou se decidi que por alguns minutos eu não assumiria o meu papel de mãe. Sabe, isso é muito importante porque eu quase agi como, um dia, minha mãe fez comigo. Eu tendo que assumir responsabilidades que não eram minhas antes do tempo, enquanto minha mãe tentava viver o que ela não viveu quando se casou (nova, aos 18 anos, assim como eu), por ter que cuidar de mim e não ter ninguém para ajudar. Não a julgo, eu a entendo, é uma responsabilidade muito grande, ter que cuidar de alguém que depende de você para viver. Eu a amo e agradeço por ela estar aqui comigo e poder me ajudar sempre que preciso.

Mas, quando eu engravidei, ou até mesmo antes, eu jurava que não ia fazer nada parecido com ela e que seria uma mãe diferente. Bem, parece que mães são todas iguais, afinal. Consigo ver seu reflexo em mim quando brigo por bobagens ou quando fico estressada a toa. Isso foi o que me matou e me fez ver que, eu não estava curtindo a melhor, querendo ou não, fase da minha vida. Tudo passou tão rápido e eu decidi não tentar mais ser quem eu não sou (nem nunca fui), decidi não ter vergonha de quem eu sou agora, do que penso ou do que faço, porque tudo o que eu penso é sincero e só faço coisas que eu gosto, então deixa rolar. Vou continuar escrevendo só que, mais frequentemente, para que a Hellen leia quando crescer e veja o quanto eu a amo e o quanto eu me dediquei a ela pulando uma fase da minha vida. Uma fase que pode ser muito importante para alguns mas que, para mim, não faz mais tanta falta assim.

Leitura obrigatória para novas mamães: Quando nasce uma mãe, morre uma filha.

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